Mercados disparam: S&P 500 atinge novo recorde impulsionado por otimismo com lucros
O mercado acionário dos EUA encerrou a terça-feira em alta recorde, com o S&P 500 atingindo um novo pico histórico. Os investidores acompanharam de perto os lucros de grandes corporações e tentaram avaliar os rumos das negociações comerciais entre EUA e China.
Indústria automobilística sofre: GM despenca
As ações da General Motors caíram 8,1% após a empresa relatar uma perda de US$ 1 bilhão em lucros devido ao aumento das tarifas — reacendendo preocupações sobre as consequências da postura protecionista da Casa Branca. A Ford também foi afetada, com queda de cerca de 1%.
Tesla se mantém estável antes do balanço
As ações da Tesla subiram 1,1% antes da divulgação dos resultados trimestrais. A Alphabet, que também divulgará seus números, avançou 0,65%.
Investidores apostam em Inteligência Artificial
A expectativa de grandes investimentos em IA impulsionou as ações tecnológicas mais caras e promissoras, contribuindo para as novas máximas do S&P 500.
Setor de tecnologia misto, apesar do otimismo
Apesar do entusiasmo, algumas gigantes de tecnologia recuaram: Microsoft e Meta (banida na Rússia) caíram cerca de 1% cada.
Setor de defesa sob pressão
As ações da RTX recuaram 1,6% devido às tensões comerciais, apesar da forte demanda por motores aeronáuticos e serviços de manutenção. A Lockheed Martin registrou queda ainda maior: os lucros trimestrais despencaram quase 80%, e as ações caíram cerca de 11%.
Incerteza comercial persiste: investidores aguardam novo movimento de Washington
Os mercados globais seguem pressionados pela falta de clareza sobre a política comercial dos EUA. Com o governo Trump estabelecendo 1º de agosto como prazo para acordos com diversos países, aumenta a apreensão diante da escassez de detalhes.
EUA–China: novo encontro, novo adiamento?
O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou planos de se reunir com seu homólogo chinês na próxima semana. O foco será um possível adiamento da implementação das novas tarifas sobre importações chinesas, previstas para 12 de agosto. A pressão cresce de ambos os lados.
Negociações com a Índia travam; UE estuda reação
Enquanto ainda há esperança de extensão do acordo com a China, as conversas com outros parceiros estão paralisadas. O otimismo com a Índia se esvanece, e a União Europeia avalia medidas retaliatórias contra os EUA.
Bolsas mistas: ganhos moderados nos EUA
O S&P 500 avançou 0,06%, fechando em 6.309,62 pontos. O Nasdaq recuou 0,39%, para 20.892,69, enquanto o Dow Jones subiu 0,40%, encerrando em 44.502,44.
Saúde e imóveis lideram ganhos
Dos 11 setores do S&P 500, nove fecharam em alta. O setor de saúde liderou, com valorização de 1,9%, seguido pelo setor imobiliário, que subiu 1,78%.
Volume de negociação supera média
A atividade dos investidores foi intensa: 18,8 bilhões de ações foram negociadas, superando a média dos últimos 20 dias, de 17,7 bilhões.
Philip Morris decepciona: ZYN pesa nos resultados
As ações da Philip Morris caíram 8,43% após resultados abaixo do esperado, em especial por vendas fracas dos sachês de nicotina ZYN — antes vistos como um dos motores de crescimento da empresa.
Lucros do S&P 500 em foco: tecnologia lidera
Especialistas projetam fortes resultados no segundo trimestre para empresas do S&P 500. Segundo a LSEG I/B/E/S, o crescimento médio de lucros deve ficar em torno de 7%, impulsionado pelas gigantes de tecnologia.
Japão dispara após avanço comercial com os EUA
A bolsa japonesa atingiu a máxima de um ano nesta quarta-feira, impulsionada por um novo acordo comercial com os EUA que reduz tarifas sobre carros. O otimismo se estendeu à Ásia e aos futuros europeus, com expectativas de um acordo semelhante entre EUA e UE.
Trump revela termos mais brandos
O presidente Trump anunciou uma tarifa de 15% sobre automóveis — abaixo dos 25% discutidos anteriormente. O anúncio foi feito após acordo separado com as Filipinas, que prevê tarifa de 19%.
Europa se movimenta: delegação chega aos EUA
Trump também revelou que uma delegação da União Europeia desembarca nesta quarta-feira para negociações comerciais. A notícia elevou as expectativas de um acordo, embora Bruxelas também prepare retaliações caso não haja avanço até 1º de agosto.
Futuros europeus avançam
O EUROSTOXX 50 subiu 1,3%, e o DAX alemão, 0,6%, impulsionados pela agenda comercial e expectativa de desescalada.
Nikkei lidera alta global
O índice Nikkei saltou 3,7%, puxado pelas montadoras. Mazda subiu 17%, enquanto Toyota avançou 13,6%, reagindo à redução de tarifas.
Coreia do Sul embala com esperança de acordo
Montadoras sul-coreanas também tiveram forte valorização diante da expectativa de que o acordo EUA–Japão possa abrir caminho para negociações com Seul.
Economia japonesa ganha fôlego
Especialistas afirmam que o novo acordo reduz riscos comerciais e dá ao Banco do Japão maior flexibilidade para lidar com a inflação — inclusive com possíveis aumentos de juros.
Iene enfraquece; dólar avança
O iene devolveu os ganhos iniciais. O dólar subiu 0,2%, para 146,95, favorecido pela incerteza política.
China e mercados regionais sobem
O índice de grandes empresas da China avançou 0,7%, o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,8% e o MSCI Ásia-Pacífico (exceto Japão) ganhou 1%.
EUA e China devem retomar negociações
Autoridades de ambos os países devem se reunir em Estocolmo. O secretário Bessent confirmou que as conversas podem levar ao adiamento das tarifas previstas para 12 de agosto.
Euro recua à espera do BCE
O euro caiu 0,1%, para US$ 1,1737, com o mercado aguardando a próxima reunião do BCE. A expectativa é de manutenção das taxas após oito cortes consecutivos. A incerteza aumenta com o risco de novas tarifas dos EUA.
Juros dos Treasuries sobem
Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos subiram dois pontos-base, para 4,36%, após queda no dia anterior.
Ouro recua levemente
O ouro à vista caiu para US$ 3.422 por onça, com investidores de olho na força do dólar e nas expectativas de inflação.
Petróleo avança com alta no diesel
Os preços do petróleo subiram com o salto no preço do diesel nos EUA, que está no menor nível de estoques para o período desde 1996. O WTI avançou 0,4%, para US$ 65,60, e o Brent também subiu 0,4%, para US$ 68,88.