A estrutura de ondas permanece "baixista", como confirmado pela queda de ontem. A última onda de alta rompeu o topo anterior apenas por alguns pips, enquanto a última onda de baixa rompeu dois fundos anteriores de uma só vez. O noticiário desempenhou um papel fundamental na formação das ondas observadas nas últimas semanas. Na minha visão, o cenário não é "altista", embora certos eventos ainda tenham dado suporte aos vendedores.

Na quarta-feira, a atenção dos traders esteve voltada principalmente para o relatório JOLTS nos EUA, mas o movimento de alta da libra começou bem antes da sua divulgação. Assim como no dia anterior, as cotações simplesmente começaram a se movimentar. Vale lembrar que, na terça-feira, a disparada nos rendimentos dos títulos britânicos para máximas de quase 30 anos provocou uma queda acentuada da moeda. No entanto, já na quarta-feira, o mercado se recuperou, avaliando corretamente que, no momento, há mais fatores favorecendo a libra em relação ao dólar.

Portanto, a derrocada da libra só confundiu alguns traders, mas, em minha opinião, nada mudou. Esta semana depende fortemente do noticiário, e os movimentos nem sempre parecem previsíveis. Muitos relatórios ainda serão divulgados, e a surpresa nos títulos britânicos já adicionou pressão. Assim, até o final da semana, ainda podemos observar valorização do dólar caso os demais dados dos EUA se mostrem mais fortes do que os já divulgados. Hoje, é importante manter atenção especial aos indicadores ADP e ISM.

No gráfico de 4 horas, o par virou a favor do dólar e consolidou-se abaixo da zona de suporte 1,3378–1,3435, da qual havia se recuperado duas vezes anteriormente. Assim, o processo de queda pode continuar em direção ao nível de retração de 76,4% – 1,3118. O quadro do gráfico permanece ambíguo, com os traders empurrando o par em ambas as direções. Neste momento, aconselho prestar mais atenção ao gráfico horário. Não há divergências se formando em nenhum indicador.

Relatório de Compromisso dos Traders (COT):

O sentimento da categoria "não comercial" tornou-se mais baixista na semana passada. O número de posições de compras mantidas por especuladores caiu em 5.302, enquanto as posições de vendas aumentaram em 866. Atualmente, a diferença entre as compras e vendas é de cerca de 76.000 contra 107.000. No entanto, como podemos observar, a libra ainda mostra tendência de crescimento, e os traders permanecem inclinados à compra.

Na minha visão, a libra ainda apresenta perspectiva de queda. O cenário de notícias nos primeiros seis meses do ano foi desfavorável para o dólar, mas está começando a melhorar gradualmente. As tensões comerciais estão diminuindo, grandes acordos estão sendo assinados e espera-se que a economia dos EUA se recupere no segundo trimestre, impulsionada pelas tarifas e por diversos investimentos. Ao mesmo tempo, as expectativas de flexibilização da política monetária do Fed na segunda metade do ano já exerceram pressão significativa sobre o dólar. Dessa forma, ainda não há fundamentos claros para uma tendência definida do dólar.

Calendário de notícias para os EUA e o Reino Unido:

• EUA - Variação do emprego não agrícola ADP - 09h15 Brasil - 13h15 Portugal
• EUA - Pedidos de Subsídio de Desemprego - 09h30 Brasil - 13h30 Portugal
• EUA - PMI do Setor de Serviços ISM - 10h45 Brasil - 14h45 Portugal

Em 4 de setembro, o calendário econômico inclui três eventos, e dois deles devem ser considerados importantes. O contexto das notícias afetará o sentimento do mercado principalmente na segunda metade do dia.

Previsão para o GBP/USD e dicas para traders:

É possível vender o par hoje caso o fechamento no gráfico horário ocorra abaixo da zona 1,3416–1,3425, com alvo em 1,3357–1,3364. Ontem, houve oportunidade de compra em uma recuperação da zona 1,3357–1,3364, com metas em 1,3416–1,3425 e 1,3482. Hoje, também é possível comprar em uma recuperação da zona 1,3416–1,3425.

As grades de Fibonacci estão construídas de 1,3586–1,3139 no gráfico horário e de 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.