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11.06.2025 10:09 PM
Platô financeiro ou trampolim? O que está por trás da pausa no crescimento do mercado?

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O mercado dos EUA está se sustentando, mas já não avança com a mesma força. Ele atingiu seu pico projetado, mas ainda não encontrou novo impulso para dar início à próxima etapa de alta. A semana tem se desenrolado em um ritmo de "reconhecimento silencioso": os investidores estão atentos às notícias vindas da China, aos resultados corporativos e aos dados de inflação.

Se a leitura do IPC desta quarta-feira vier em linha com as expectativas, o índice poderá tentar romper a barreira dos 6.000 pontos — ainda que com pouca convicção. Qualquer deslize, especialmente nos dados inflacionários, pode desencadear uma onda de realização de lucros.

Em momentos como este, vale lembrar: um mercado em alta não termina no topo, mas sim quando a esperança dá lugar ao medo. Esse ponto ainda não chegou, mas a confiança está claramente se esvaindo.

Na terça-feira, as ações dos EUA seguem em alta, embora o ímpeto de valorização esteja se tornando irregular. Os futuros dos principais índices registram pouca variação. As negociações entre EUA e China em Londres, iniciadas no dia anterior, ainda não geraram manchetes relevantes. As conversas têm se concentrado no fornecimento de metais de terras raras e na possível flexibilização das restrições à exportação — um tema importante, especialmente para o setor de tecnologia, mas que ainda carece de definições concretas.

Na segunda-feira, o S&P 500 subiu modestos 0,09%, o Nasdaq avançou 0,31% e o Dow Jones permaneceu praticamente estável. O mercado está em modo de espera — e não sem motivos.

Principais eventos e destaques corporativos

A principal manchete corporativa veio da Qualcomm, que subiu 4,1% após anunciar a aquisição da Alphawave por US$ 2,4 bilhões. A operação está alinhada com a estratégia da empresa de fortalecer sua atuação em data centers e interfaces de alta velocidade — e foi bem recebida pelo mercado.

Por outro lado, a Apple decepcionou. Suas ações caíram 1,2% após a WWDC não apresentar novidades relevantes sobre inteligência artificial. Para os investidores, ficou claro que as simples atualizações do iOS já não são suficientes — há uma expectativa por avanços tecnológicos mais expressivos.

A atenção também se volta à agenda macroeconômica. Nesta terça-feira, será divulgado o índice de sentimento das pequenas empresas do NFIB. No entanto, o foco principal da semana permanece na inflação. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) será divulgado na quarta-feira, o PPI (Índice de Preços ao Produtor) na quinta, e o relatório da Universidade de Michigan na sexta. Esses três indicadores podem influenciar drasticamente o sentimento do mercado às vésperas da reunião do Federal Reserve, marcada para os dias 17 e 18 de junho.

O JPMorgan revisa a previsão: Meta de 6.000 atingida, ganhos adicionais limitados

Em um cenário de otimismo moderado, o JPMorgan revisou sua previsão de fim de ano para o S&P 500, visando agora a 6.000, em vez dos 5.200 anteriores.

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É importante observar que essa não é uma previsão de crescimento explosivo, mas sim um reconhecimento das realidades atuais. O mercado já está nessas alturas.

Os estrategistas do banco destacam os fortes lucros corporativos, a resiliência da economia dos EUA e o interesse sustentado em IA como principais fatores de apoio. No entanto, eles também enfatizam que, a partir dos níveis atuais, o aumento adicional é extremamente limitado.

Basicamente, o JPMorgan sugere que o mercado pode subir ainda mais, mas apenas por inércia e com cautela, principalmente se a incerteza política ou os dados de inflação perturbarem novamente as perspectivas.

Quadro técnico

O S&P 500 se consolidou no nível-alvo projetado pelo JPMorgan, mas sem qualquer impulso adicional para cima. A próxima resistência está próxima dos 6.130 pontos. Sem um catalisador forte — como um IPC moderado —, uma ruptura parece improvável.

O suporte está entre 5.920 e 5.900 pontos. Dados negativos podem desencadear um recuo para essa faixa, com possibilidade de teste em 5.850.

O Nasdaq 100 se encontra em uma possível zona de consolidação antes de qualquer tentativa de rompimento acima de 22.000. O RSI já se aproxima de níveis de sobrecompra, o que sugere a necessidade de uma correção ou, no mínimo, uma pausa. O suporte imediato está em 21.400, com 21.000 como próximo nível. Um rompimento acima de 22.000 abriria espaço para um movimento em direção a 22.500 — mas isso dependerá de um catalisador externo.

Qualcomm continua atraente para a estratégia de médio prazo

Com o preço atual de US$ 156, as ações da Qualcomm estão sendo negociadas próximas a uma resistência local, mas ainda mantêm potencial de valorização no médio prazo. Analistas das principais casas de investimento — incluindo JPMorgan e TipRanks — projetam, em média, uma alta para a faixa de US$ 170 a US$ 177 nos próximos 6 a 12 meses.

Algumas estimativas são ainda mais otimistas, apontando para US$ 190 ou até US$ 215, dependendo de resultados trimestrais robustos e do interesse contínuo nos segmentos de data center e infraestrutura de IA — áreas em que a Qualcomm tem investido de forma agressiva.

O panorama fundamentalista permanece bastante positivo. A recente aquisição da Alphawave por US$ 2,4 bilhões foi bem recebida pelo mercado, sendo interpretada como uma estratégia para reforçar a posição da Qualcomm em chips e interfaces de alta velocidade, especialmente no setor de data centers.

Os investidores reagiram positivamente à notícia: as ações subiram mais de 4%, sinalizando confiança nas iniciativas estratégicas da empresa. Além disso, os múltiplos de valuation, como o P/L, sugerem que o papel ainda está relativamente subvalorizado quando comparado a outros grandes players do setor.

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Tecnicamente, a Qualcomm está se consolidando em uma faixa de $150-160. Um rompimento acima do limite superior poderia abrir caminho para US$ 170 ou mais, onde estão localizadas as metas de consenso.

O RSI aponta para uma zona neutra - nem sobrecomprado nem sobrevendido - refletindo o equilíbrio atual entre compradores e vendedores. O suporte está na área de US$ 150-152. Um retorno a esses níveis poderia apresentar um ponto de entrada atraente com potencial de alta de 10% a 20%.

Os riscos incluem a volatilidade geral no setor de semicondutores, possíveis correções nos índices de tecnologia e fatores geopolíticos. Além disso, os investidores estão aguardando o próximo relatório trimestral: se as expectativas forem superadas, ele poderá servir como um novo catalisador para o crescimento.

Natalya Andreeva,
Especialista em análise na InstaForex
© 2007-2025
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