Setor Industrial Começa Forte, Mas Enfrenta Teste de Realidade

Apesar de um ano turbulento em Wall Street, o setor industrial dos EUA desponta como líder em 2025. No entanto, com a temporada de resultados se aproximando, sua resiliência será colocada à prova.

Superando o Mercado

O índice de industriais do S&P 500 — que reúne empresas dos setores aeroespacial, equipamentos elétricos, engenharia, transporte e materiais de construção — acumula alta de 15% no ano. É o maior avanço entre os 11 setores do S&P e mais que o dobro do desempenho do índice geral.

Foco nos Resultados

O mercado volta sua atenção para uma semana crucial repleta de balanços corporativos. Mais de um quinto das empresas do S&P 500 divulgará seus resultados do segundo trimestre, incluindo gigantes como Alphabet e Tesla — as primeiras do chamado grupo das "Sete Magníficas" da tecnologia a reportar.

Recuperação Após Temores de Recessão

As ações do setor aeroespacial e de defesa acumulam ganhos expressivos em 2025, estimuladas pelo aumento das tensões geopolíticas na Ucrânia e no Médio Oriente, além de novos compromissos de gastos militares por países como a Alemanha.

Setor de Defesa Impulsiona Industriais

As ações do setor aeroespacial e de defesa acumulam ganhos expressivos em 2025, estimuladas pelo aumento das tensões geopolíticas na Ucrânia e no Oriente Médio, além de novos compromissos de gastos militares por países como a Alemanha.

Defesa na Liderança

O segmento de defesa do S&P 500 já saltou 30% no ano. Na próxima semana, serão divulgados os resultados de empresas-chave do setor, como RTX, Lockheed Martin e General Dynamics.

GE Brilha em Duas Frentes

As ações da GE Aerospace subiram cerca de 55% no acumulado do ano, após a empresa revisar para cima sua projeção de lucro anual. Já a GE Vernova — divisão de energia recém-desmembrada da General Electric — lidera os ganhos do setor industrial em 2025, com valorização superior a 70%. O balanço será divulgado na quarta-feira.

Uber Surpreende com Força

Curiosamente, a Uber tornou-se um pilar inesperado de força no setor. Suas ações dispararam cerca de 50% no ano, dando novo impulso ao rally industrial.

Logística Fica Para Trás

Nem todos os nomes ligados ao transporte acompanharam o ritmo. As ações da UPS e da FedEx recuaram significativamente, enquanto companhias aéreas como a United Airlines e empresas de logística como a JB Hunt também acumulam desempenho negativo no ano.

Mais Balanços à Vista

Na próxima semana, estão previstos os resultados de Honeywell, Union Pacific e United Rentals — dados que podem influenciar o sentimento do setor.

Tensões Comerciais no Radar

Além dos balanços, os mercados seguem atentos às políticas comerciais. No dia 1º de agosto entra em vigor uma nova rodada de tarifas dos EUA, o que pode impactar setores globais dependentes de exportações.

Todos os Olhos Voltados ao Fed

Investidores também monitoram os desdobramentos no Federal Reserve. O presidente Jerome Powell enfrenta crescente pressão política, com o ex-presidente Trump pedindo sua renúncia e exigindo cortes rápidos nas taxas de juro. A próxima reunião de política monetária está marcada para os dias 29 e 30 de julho.

Ganhos Moderados Apesar da Incerteza

O mercado americano mantém sua trajetória cautelosa de alta. Desde o início do ano, o S&P 500 acumula alta de aproximadamente 7%, refletindo otimismo moderado dos investidores.

Ásia Estável Mesmo com Turbulência Política no Japão

Os mercados asiáticos e o iene permaneceram estáveis nesta segunda-feira, apesar do fraco desempenho da coalizão governista nas eleições parlamentares do Japão — um resultado que já havia sido precificado. Enquanto isso, os futuros de Wall Street refletiam expectativa pelos balanços de grandes empresas de tecnologia.

Negociações Comerciais em Foco Antes do Prazo Tarifário

Investidores ainda esperam avanços nas negociações comerciais internacionais antes da entrada em vigor das novas tarifas, em 1º de agosto. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, demonstrou confiança na possibilidade de um acordo com a União Europeia.

EUA e China Discutem Agenda; UE Sai na Frente

Washington e Pequim estariam negociando uma cúpula entre Donald Trump e Xi Jinping, mas o encontro dificilmente ocorrerá antes de outubro. Enquanto isso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem reunião agendada com Xi nesta quinta-feira.

Japão: Revés Político no Parlamento

O cenário político japonês sofreu um abalo após a coalizão no poder perder o controle da câmara alta nas eleições. O resultado enfraquece o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, justamente quando o país enfrenta tensões internacionais e ameaças tarifárias dos EUA.

Banco Central Japonês Mantém Cautela

O Banco do Japão continua aberto à possibilidade de elevar os juros, mas o mercado considera improvável que isso ocorra antes do fim de outubro.

Mercados Abrem Mistos; Wall Street Observa Temporada de Balanços

A nova semana de negociações começou com movimentos cautelosos na Ásia e leves ganhos nos futuros dos EUA, com investidores atentos à temporada de resultados e aos sinais da economia global.

Nikkei Estável; Divergência na Ásia

O índice Nikkei ficou fechado, com futuros estáveis em 39.820 pontos. O índice MSCI da Ásia-Pacífico (exceto Japão) caiu 0,1%. A Bolsa da Coreia do Sul subiu 0,5%, enquanto os blue chips da China avançaram 0,3%, após o Banco Popular da China manter as taxas de juros inalteradas, conforme esperado.

Futuros Europeus em Queda

Os principais contratos futuros de ações europeias abriram em território negativo. EUROSTOXX 50 e DAX recuaram 0,3%, enquanto os futuros do FTSE caíram 0,1%. O sentimento permanece cauteloso diante da desaceleração econômica e das incertezas geopolíticas.

Wall Street Perto das Máximas

Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq avançaram 0,1%, negociados próximos aos recordes históricos. Esta semana é considerada chave para a temporada de balanços, com resultados esperados de empresas como Alphabet, Tesla e IBM.

Setor de Defesa Permanece em Destaque

O segmento de defesa segue atraindo atenção dos investidores. RTX, Lockheed Martin e General Dynamics divulgarão seus resultados em breve. O aumento global nos gastos militares ajudou a impulsionar o setor aeroespacial e de defesa do S&P 500 em 30% neste ano.

Euro Estável; Dólar Ganha Leve Força

O euro abriu o dia cotado a US$ 1,1622, após recuar 0,5% na semana passada e se afastar da máxima de quase quatro anos, de US$ 1,1830. Já o índice do dólar subiu para 98,465 pontos, com a demanda por ativos de refúgio se mantendo firme.

Ouro Estável; Petróleo Entre Sanções e Oferta

Os mercados de commodities começaram a semana em tom cauteloso. O ouro manteve estabilidade, enquanto o petróleo flutua entre perspectivas de aumento da produção e pressões geopolíticas.

Ouro Pausado, Platina em Alta

O ouro permanece estável em US$ 3.348 por onça. Já a platina atingiu seu maior nível desde agosto de 2014 na semana passada, sinalizando renovado interesse dos investidores em metais industriais.

Petróleo em Balanço Frágil

Os preços do petróleo caminham em faixa estreita, com traders avaliando o aumento potencial da produção pela OPEP+ e novas restrições à exportação de petróleo russo pela União Europeia.

• Brent sobe 0,1%, cotado a US$ 69,36 por barril.
• WTI (petróleo dos EUA) avança 0,2%, a US$ 67,45.

O mercado segue sensível aos desdobramentos internacionais, à espera de sinais mais claros sobre oferta e sanções.