Wall Street avança enquanto investidores apostam em cortes de juros pelo Fed
Os mercados acionários dos EUA fecharam em alta nesta quinta-feira, com o S&P 500 e o Nasdaq se aproximando de seus recordes históricos de fechamento. Uma continuidade no alívio das tensões entre Israel e Irã, somada a novos indicadores econômicos, aumentou as esperanças de que o Federal Reserve possa reduzir os custos de empréstimo ainda este ano.
Ganhos generalizados nos principais índices
O dia registrou avanços amplos entre os três principais índices de ações dos EUA, colocando-os firmemente no caminho de um desempenho semanal positivo. O S&P 500 e o Nasdaq tiveram destaque, chegando perto de suas máximas históricas enquanto a sessão se aproximava do fim.
Bancos lideram os ganhos
As ações do setor financeiro estiveram entre as que mais subiram, após o Federal Reserve propor a flexibilização dos requisitos de alavancagem para grandes bancos. A medida permitiria que essas instituições mantivessem menos capital contra ativos de menor risco, liberando recursos adicionais. O índice bancário do S&P 500 subiu 1,6% em resposta.
Fed permanece cauteloso em meio à incerteza
Thomas Barkin, presidente do Federal Reserve de Richmond, enfatizou a necessidade de manter flexibilidade diante das incertezas econômicas atuais. No entanto, ele também observou que as tarifas provavelmente não terão um impacto tão forte na inflação quanto alguns temem.
Mercado projeta primeiro corte de juros em setembro
De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, os mercados atualmente atribuem cerca de 21% de chance de um corte na taxa já em julho. Mais importante, a probabilidade de que o Fed faça seu primeiro corte do ano em setembro supera 75%.
Mercados avançam com sentimento positivo e redução nas tensões comerciais
As ações nos EUA encerraram o dia com fortes ganhos, impulsionadas pelas expectativas favoráveis de lucros e pela alta nos preços das commodities. Tecnologia, serviços de comunicação e materiais básicos lideraram o movimento, enquanto o setor imobiliário teve desempenho inferior.
Principais movimentos dos índices dos EUA:
- Dow Jones Industrial Average avançou 404,41 pontos, alta de 0,94%, fechando em 43.386,84;
- S&P 500 subiu 48,86 pontos ou 0,80%, encerrando em 6.141,02;
- Nasdaq Composite ganhou 194,36 pontos, alta de 0,97%, fechando em 20.167,91.
Ações de comunicação se destacam, setor imobiliário fica para trás
Dos onze principais setores do S&P 500, serviços de comunicação registraram o maior ganho percentual. Por outro lado, as ações imobiliárias apresentaram o desempenho mais fraco, tendo dificuldades para acompanhar o restante do mercado.
Micron surpreende com projeção, mas ação recua
A fabricante de chips Micron apresentou uma previsão de receita mais forte que o esperado para o próximo trimestre. No entanto, essa perspectiva otimista não foi suficiente para sustentar suas ações, que caíram 1% no fechamento.
Rali do cobre impulsiona mineradoras
Os preços do cobre dispararam para a máxima de três meses, provocando uma alta nas ações de mineração. A Freeport-McMoRan subiu 6,8%, enquanto a Southern Copper avançou 7,8% — sinal de um renovado apetite por investimentos atrelados a commodities.
Ações europeias sobem com expectativa de distensão comercial
Os mercados europeus iniciaram a sessão desta sexta-feira em tom positivo, liderados pelas montadoras, beneficiadas pelos sinais de redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O índice STOXX 600 subiu 0,9%, atingindo 542,27 às 08h25 GMT, abrindo caminho para o que pode ser seu primeiro avanço semanal em três semanas. Outros grandes índices regionais também operavam em alta.
EUA e China fecham acordo para ampliar fornecimento de terras raras
Washington e Pequim chegaram a um novo acordo com o objetivo de acelerar o envio de materiais de terras raras para os Estados Unidos. A iniciativa é vista como um esforço estratégico para garantir recursos críticos e reforçar a resiliência das cadeias de suprimentos.
Investidores desviam o foco da geopolítica para as negociações comerciais
À medida que as tensões no Oriente Médio começam a diminuir, os investidores voltam sua atenção para os sinais de progresso nas negociações comerciais. Com um prazo se aproximando no início de julho que pode desencadear novas tarifas dos EUA, os mercados estão em alerta por qualquer sinal de compromisso ou avanço diplomático.
UE mantém opções em aberto enquanto negociações avançam
Durante uma cúpula em Bruxelas nesta quinta-feira, os líderes da União Europeia analisaram as mais recentes propostas comerciais de Washington. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que um colapso nas discussões ainda é possível, afirmando que todas as opções continuam sobre a mesa.
Montadoras e ações de mídia impulsionam rali europeu
As montadoras europeias lideraram os ganhos setoriais com alta de 1,8%, seguidas de perto pelas empresas de mídia, que avançaram 1,6%. O rali reflete a confiança renovada dos investidores em setores voltados ao consumo.
Ações de artigos esportivos disparam com forte previsão da Nike
As ações da JD Sports, no Reino Unido, saltaram 7,6%, enquanto as da alemã Puma e da Adidas subiram 4,1% e 3,9%, respectivamente. O avanço ocorreu após a Nike, sediada nos EUA, divulgar uma previsão de receita trimestral acima das expectativas do mercado, impulsionando o otimismo em todo o setor.
Empresa de defesa espanhola ganha destaque entre analistas
A Indra, grupo espanhol de tecnologia de defesa, teve alta de 4,8% depois que o Morgan Stanley elevou sua classificação de "peso igual" para "acima da média", sinalizando maior confiança no desempenho da empresa no curto prazo.
Knorr Bremse cai após rebaixamentos
As ações da fabricante alemã de peças para caminhões Knorr Bremse caíram 4,7% após rebaixamentos feitos pelo JP Morgan e pelo Citi. Os bancos de investimento reduziram suas recomendações, citando perspectivas mais fracas para o setor.